segunda-feira, 23 de julho de 2012

Uma tarde na Serafina

Ontem estivemos uma boa parte da tarde no parque da Serafina com uns amigos e o filho deles (de 14 meses).
Não frequentava aquele parque há uns 18 anos, desde os tempos das festas de anos dos colegas da escola (na altura, festejar o aniversário no Alvito e na Serafina era moda, não sei se hoje ainda assim é) e não fiquei desiludida. Tudo estava, mais ou menos, como me lembrava, apenas com uns insufláveis a mais...
O M., o bebé dos meus amigos, ficou deliciado com tudo aquilo e (ele que é uma criança bastante mexida) andava, sem grandes pressas, observando os outros meninos e tentando, ele próprio, digerir cada minuto passado no parque, como se o tempo, ali, fosse precioso.
Ao observá-lo dei por mim a pensar que nós, os adultos, devíamos levar a vida do mesmo modo que o M.: aproveitar cada minuto sem as habituais correrias, porque, de facto, o tempo é precioso.
Mas, em vez disso, passamos a vida num eterno lamento, a queixarmo-nos do que não temos e do que precisamos para estarmos felizes e quando, finalmente, nos encontramos no nosso "parque de diversões", esses momentos "sabem" a tão pouco e passam num ápice...
Ontem invejei uma criança de 14 meses. 
Durante uns minutos quis voltar a ser pequenina, segurar na mão da minha mãe e deixar que ela me ajudasse a subir para o baloiço. Quis aproveitar cada minuto naquele vai-e-vem, a sentir o vento bater-me na cara e ouvir o riso dos outros meninos no escorrega ali ao lado.
No fim de contas, são as crianças que nos dão lições de vida: os bons momentos devem ser saboreados e aproveitados ao máximo. Afinal, não sabemos quando poderemos voltar a andar de baloiço...

Di

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