quinta-feira, 28 de junho de 2012

Nova Iorque

Estive, pela primeira vez, em Nova Iorque há cerca de três meses.
E foi uma cidade que me impressionou. Não, não foi só pelos arranha-céus, pelo Memorial do 11/9 ou pelas centenas de Macdonald's e Starbucks. Foi, principalmente, pelas pessoas.
E falo por mim: nunca fui muito "à bola" com os americanos. Não aprecio os costumes deles, os ideais deles ou os desportos deles. Considero, mesmo, ridícula aquela mania de grandiosidade, por um lado, e o total desconhecimento da história, geografia e cultura alheias, por outro.
Mas, quer queiramos, quer não, os americanos têm o seu valor. São patriotas como não há igual, amam o seu país acima de tudo e não têm qualquer pudor em admiti-lo. E é preciso dar valor a gente assim...
A par disso, eles tratam bem qualquer pessoa que se passeie pelas ruas (de Nova Iorque, não sei como será nas demais cidades). Seja emigrante, seja turista, tenha uma mala da Gucci ou as meias routas. Eles cumprimentam, sorriem, auxiliam e não olham de lado ou com malícia. Eles estão habituados a ser muitos e a ser diferentes. Vivem muito bem com a diferença e sentem-na como normal. Uma pessoa diferente só o é por que assim se convencionou. Para o americano, é só mais um. E deve ser bem tratado por que, tal como ele, escolheu aquela rua para passear...
E foi, de facto, muito bom passear em Nova Iorque. E ver o movimento que nunca acalma, as luzes que nunca se apagam, as vozes que nunca se calam e as cores que nunca enfraquecem.
É uma cidade mágica. Sem História, sem grandes monumentos e paisagem mas, nem por isso, menos mágica.
É uma cidade onde passeamos horas a fio sem nunca esmorecer. Não há tédio em Nova Iorque. E é essa "falta de tranquilidade" que a torna tão bela e tão única. Pensando bem, talvez não haja pessoas diferentes por que todas elas vivem numa cidade diferente...
Nova Iorque é uma cidade que deixa saudades. E onde apetece voltar vezes sem conta... ou, talvez (quem sabe, um dia), morar.


Di

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