terça-feira, 17 de julho de 2012

O Facebook

Tenho mixed feelings em relação ao Facebook.
Por um lado, adoro e, tal como a maioria dos cibernautas do século XXI, não há dia em que não vá lá dar um arzinho da minha graça. Por outro lado (e acontece-me cada vez mais), abomino a utilização que as pessoas dão ao mesmo.
Não tenho uma quantidade excessiva de amigos no Facebook - mais propriamente 232 amigos - e isto porque sou extremamente restritiva quando toca a "aceitar amizades" e a enviar convites. Se coloco informação pessoal naquela rede social (por muito que tente não colocar coisas demasiado pessoais, é inevitável que "saia" uma ou outra coisinha) prefiro que elas sejam visualizadas APENAS por quem eu considero ter uma proximidade e ligação mínima com a minha pessoa e, como tal, "mereça" conhecer um pouco do meu dia-a-dia e partilhar comigo gostos e ideias.
Independentemente disso, e como já disse, tento filtrar ao máximo a informação que coloco. Mas, confesso, e no que às fotos diz respeito, a censura aplicada é sempre leve e tenho inevitavelmente a tendência para publicar demasiadas imagens de locais onde fui ou irei e, muitas vezes, com quem estive, estou ou estarei. E sei que não deveria fazê-lo mas, a maioria das vezes, é difícil contrariar essa vontade.
Outro dia, por exemplo, fui passear com o marido e, eis senão quando, deparamos com uma tabuleta a indicar o nome da estrada onde nos encontrávamos, a qual (pura coincidência!) era igual ao nosso apelido. Toda entusiasmada, pedi-lhe para parar o carro de modo a poder fotografar a dita cuja placa. Ele, reticente,  lá parou o veículo, fez marcha atrás, e eu lá tirei a tão desejada foto. Uns minutos mais tarde pede-me que o ajude com as indicações, visto que se encontrava um pouco baralhado em relação ao local onde nos encontrávamos. E eu, embrenhada em publicar, através do meu Blackberry, a dita foto no Facebook, nem lhe dei ouvidos... Quando "caí em mim", nem queria acreditar no que tinha acabado de fazer: com a pressa em mostrar ao mundo a bela da placa, podia ter arruinado o nosso passeio, o que felizmente não aconteceu porque o marido até é bastante orientado...
Posto isto, dei por mim a pensar que o Facebook, e as demais redes sociais, longe de facilitarem o convívio virtual entre as pessoas e auxiliarem a nossa vida no que à socialização diz respeito, por estarem a ter uma utilização excessiva e, por vezes, abusiva, acabam por, em certos casos, prejudicar o convívio físico e o dia-a-dia familiar/caseiro, diga-se, não tecnológico. É que, de facto, as pessoas preferem, por exemplo, publicar fotografias do local paradisíaco onde se encontram a passar férias (muitas vezes para mostrar que, de facto, estiveram lá) a aproveitar aqueles momentos únicos, em locais inigualáveis, onde estão com as pessoas que (realmente!) interessam.
E mea culpa, porque também ando a cair nesse erro...
Mas vou corrigir. Prometo, a mim mesma, que vou corrigir.




Di

1 comentário:

  1. Olá Di. Deixei-te resposta no meu blogue, mas como o post já está lá para trás, colo-ta aqui também.

    «Olá Di. É uma decisão muito pessoal, e muito partilhada - há coisas que só se fazem a dois, por isso não sei se a minha resposta te ajudará muito. Acho que a dada altura houve um salto de fé. Um salto, já mais ou menos amparado, porque tinha notícias oficiosas do concurso que havia de trazer-me a estabilidade de que precisávamos para que não fosse um voo completamente louco. Há sempre um quê de loucura numa decisão tão grande como esta, mas do meu ponto de vista, é bom que seja uma loucura «com rede». Se as condições mínimas exigíveis (e aí cada um ou cada dois é que sabe(m) quais elas são), então é só ganhar coragem e dar o salto. Sabendo, como eu estou a sentir na pele, que se pode aterrar logo a seguir, ou que mês após mês se pode ter que renovar a decisão de continuar a tentar.

    Boa sorte ;)»

    Beijinhos!

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