quinta-feira, 12 de julho de 2012

O Benfica... em Nova Iorque

Já aqui falei da minha viagem a Nova Iorque e da surpreendente simpatia que caracteriza os nova iorquinos, mas não contei um episódio hilariante que me aconteceu nas ruas daquela cidade única.
Ora andávamos nós algures perto do Ground Zero, penso que à procura de um restaurante para almoçar, quando nos cruzamos com um grupo de trabalhadores das obras, que se encontravam em grande azáfama a tentar gerir as ditas obras, o respectivo material, o aglomerado de gente e o trânsito imparável daquele local. Como tudo desperta curiosidade a um turista, demorámo-nos um pouco mais a observar toda aquela agitação. Eis senão quando vemos um autocolante-bandeira verde e vermelho, com um escudo no centro, colado no capacete de um dos trabalhadores: "Aquele senhor tem uma bandeira portuguesa no capacete!" - exclamei entusiasmada.
"Vamos ter com ele?" - sugeriu.
E lá fomos a correr, estrada fora, em busca do senhor que, muito provavelmente, seria nosso compatriota. Mas a dúvida pairava... seria mesmo?!
"Bom dia! É português?" - perguntei, na minha língua materna.
Depois de uns segundos de silêncio, e com uma grande dose de espanto e satisfação, responde: "Sou..."
"Podemos tirar uma foto consigo?"
E com um entusiasmo indescritível chama o colega e pede-lhe para nos tirar uma foto, aos três, com as obras do Ground Zero como pano de fundo...
Depois de nos explicar que era de Leiria e que tinha vivido muitos anos no Porto, até decidir emigrar para os Estados Unidos, há cerca de vinte anos, perguntou, com um interesse sincero, "pelo nosso Benfica", acrescentando: "Está muito mal, né? Parece que ainda não é este ano...".


Não foi, de facto, este ano.
Mas, para mim, benfiquista "ferrenha" e convicta, orgulha-me o facto de, mesmo sem vitórias e grandes exibições, o Benfica ser tema de conversa nas ruas de Nova Iorque.


Di

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