Esta é, sem dúvida, a época dos casamentos. Porque chegámos ao Verão e porque a maioria dos meus amigos está "na idade de casar"...
O meu já lá vai... desde o início da Primavera (sim, por que eu e o sr. Verão não nos damos lá muito bem). E foi um dia muito bonito, cheio de amor, alegria, música e... vento!
Preparei uma festa de média dimensão e tive tudo a que tenho direito: um maravilhoso vestido com cauda e véu, um lindo bouquet, arroz e pétalas aos montes, um belo jantar, uma bonita valsa e um grande bolo. Passei a noite num hotel de cinco estrelas e, uns dias depois, numa grande viagem.
Mas o clima de festa terminou bem mais rápido do que o tempo que demorei a prepará-la. O dia do casamento e os que o sucedem são magníficos, sem dúvida, mas são momentos atípicos e que dificilmente voltam a verificar-se, pelo menos com aquela magnitude.
É certo que é uma vez na vida (pelo menos, no meu caso, assim o desejo) mas a alegria e a beleza daqueles dias são efémeras e depressa se transformam na banal vida do quotidiano. E não que isso seja mau, até porque a banal vida do quotidiano também deverá ser repleta de amor, alegria e beleza - e quanto a isso, até agora, não me posso queixar... - mas esses momentos são bem mais moderados e inconstantes, já que a nossa vida, infelizmente, não se encontra sempre no auge (da felicidade).
E é, exactamente, isto que gostaria de dizer aos meus amigos que se vão casar: a festa é bonita, são dias inesquecíveis, mas tudo acaba cedo. Por isso, guardem um pouco dessa felicidade para os dias que se seguirão, aqueles para que nunca nos preparamos e que vão, esses sim, ocupar o resto das nossas vidas.
Porque casar é fácil. É só dizer "sim", dar um beijinho e receber umas prendas. O difícil (e não, necessariamente, pior) vem depois. E relembrar o grande dia já não será suficiente para colmatar os problemas que vão surgindo.
Independentemente do que aqui transmiti, não retiraria nada ao dia do meu casamento. E desejo (ai, desejo tanto!) que ele seja um espelho da minha (nossa) vida no futuro, já que, também nela, quero tudo a que tenho direito...
Di
é mais fácil encontrar o príncipe que beijar os sapos:)entendo bem aquilo que dizes. beijinhos
ResponderEliminar